Pernambuco em alerta para evitar epidemia de chikungunya

16 dezembro, 2014


Pernambuco está em alerta em relação à febre chikungunya. A doença preocupa a coordenação do programa de controle da Secretaria Estadual de Saúde, que trabalha com a possibilidade iminente de uma epidemia. Planos de contingência foram traçados e todo caso suspeito precisa ser notificado imediatamente. Até agora, quatro casos foram confirmados no estado, três no Recife e um em Petrolina, todos “importados” - as infecções ocorreram fora dos limites de Pernambuco. 


A última confirmação ocorreu quarta-feira. Mas o avanço da doença é visto como inevitável. Para minimizá-lo, a população precisa ajudar, erradicando os focos do Aedes aegypti, mosquito que também transmite a dengue.

“Vai haver uma epidemia (em Pernambuco), não tem como prevenir. O que precisa é minimizar e, para isso, apelamos à população”, disse a coordenadora do Programa de Controle à Dengue e Chikungunya da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, Claudenice Pontes. No Brasil, quatro estados já vivem epidemias de chikungunya, incluindo um que faz divisa com Pernambuco - a Bahia, que registrou o maior número de casos autóctones (contraídos no próprio estado) confirmados até 15 de novembro, data do último registro contabilizado pelo Ministério da Saúde em boletim divulgado em 2 de dezembro. Foram 759. Amapá, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul completam integram a lista.

Também preocupam as chuvas, a rapidez com que o mosquito passa a transmitir o vírus após ser infectado, a grande carga viral que ele pode carregar (maior que nos casos de dengue) e a chegada do fim do ano, quando muitas prefeituras dão férias para os agentes que trabalham no controle das populações de Aedes aegypti e na assistência à saúde. E como a doença nunca havia sido registrada no país, praticamente toda a população, à exceção dos já infectados, está suscetível.

“No caso da dengue, o mosquito adquire o vírus e passa dez dias para se tornar transmissor. Na chikungunya, ele pode começar a transmitir 48 horas depois”, disse Claudenice Pontes. “Há impactos na saúde e econômicos, já que a pessoa terá que se afastar do trabalho”, completou.

São raros os registros de morte por chikungunya, mas as dores articulares, uma das principais características da enfermidade, podem durar meses ou até anos. Em alguns casos, se transformam em crônicas e incapacitantes.

Como o principal mosquito vetor no país é o mesmo que transmite a dengue, é preciso eliminar os focos (locais que podem acumular água) já conhecidos pela população, comentou a gerente geral de Políticas Estratégicas de Saúde do Recife, Zelma Pessoa. “Cerca de 90% dos focos estão no domicílio ou nos  arredores.”

Casal contraiu doença na Colômbia

“A situação até agora está sob controle. Os casos identificados estão sendo investigados em tempo hábil”, disse a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da Prefeitura do Recife, Emília Carolle. Segundo ela, no Recife três casos foram descartados e outros três confirmados. Em dois deles, a infecção ocorreu na Colômbia - um casal de 25 e de 26 anos que passou duas semanas naquele país e retornou em 8 de novembro.

“Eu comecei com mancha no corpo. Depois, tive febre, dores nas articulações e dor de cabeça”, disse a garota, que reportou que amigos que fizeram lá, de outras nacionalidades, também se queixaram dos mesmos sintomas. O namorado apresentou os primeiros sinais no dia seguinte ao desembarque no Recife.

Ela, dois dias após a chegada. “Depois de uma semana de repouso, permaneceram as manchas e as dores nas articulações. Hoje ainda sinto dor nos pés, joelhos, cotovelos, nas mãos e também nas costas”, afirmou.

Monitoramento
A intensidade e o local de maior dor variam de acordo com o esforço físico. O namorado já não sente mais dores. Ela não sabia que havia risco de infecção na Colômbia, mas desconfiou de chikugunya quando começou a apresentar os sintomas.

Agentes da prefeitura estão em contato direto com o casal. “Foram ao meu trabalho para fazer o exame. Fizeram monitoramento do mosquito no trabalho, na casa da minha mãe e na da minha irmã, têm ligado, dado orientações como, por exemplo, para as pessoas ao redor usarem repelente, e têm estado disponíveis”, afirmou.
Juliana Colares - Diario de Pernambuco
Publicação: 15/12/2014 08:37 Atualização: 15/12/2014 08:41

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Ministério da Saúde recadastra Agentes de Combate às Endemias em todo país

12 dezembro, 2014


Rio - O Ministério da Saúde vai recadastrar todos os Agentes de Combate
às Endemias (ACEs) do país. A meta é conseguir um quadro real da
situação funcional e também os atuais vínculos dos servidores em
todos os municípios brasileiros.
A preocupação da pasta é consolidar a base de dados para a implementação
do piso nacional da categoria, de R$ 1.014, aprovado em junho deste ano. 
O salário é nacional, mas não será pago automaticamente. Será necessário
aguardar medidas administrativas que serão providenciadas por cada 
prefeitura participante do convênio ‘Estratégia Saúde da Família’.
De acordo com o Sindsprev-RJ (Sindicato dos Trabalhadores Públicos 
Federais em Saúde e Previdência Social no Rio de Janeiro), o 
recadastramento dos agentes foi decidido em reunião do Grupo de 
Trabalho (GT) criado pelo Ministério da Saúde para cuidar exclusivamente
da implementação do piso salarial nacional.
Durante o encontro, também ficou definido que a pasta deverá repassar
a assistência financeira aos municípios, de acordo com a Lei 12.994, 
para os profissionais (Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate
às Endemias) com vínculo direto. Segundo o sindicato, também foi constatado
durante a reunião do grupo que mais de 60% dos agentes ainda possuem
vínculo funcional precário. 
O critério de atualização do piso ficou indefinido e é alvo de queixa entre
os agentes. Pelo texto da Câmara, o piso seria reajustado, a partir de 
2015, segundo as regras de atualização do valor do salário mínimo. 
Já no Senado, a regra caiu, e o Executivo não impôs metodologia de correção. 
A coluna procurou o Ministério da Saúde para detalhar o processo,
mas não obteve retorno.

ALESSANDRA HORTO
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